Fim de Semana

Hello People!
Primeiro que tudo quero pedir desculpas pelo último post ter ficado meio desconfigurado, mas foi colocado a correr antes de sairmos para o jantar no sábado. A leitura não deve ter sido fácil, quando puder dou um jeitinho naquilo.
Fim de semana, finalmente um tempinho para descansar!!! No sábado à noite fomos sair para uma festa contra a xenofobia que ia haver na FACIM (Feira Internacional de Maputo), e que juntava os melhores DJ’s e MC’s moçambicanos e alguns da África do Sul. Quando lá chegámos já estava superlotado, com 200.000 pessoas a assistir, portanto nem passámos dos portões da entrada. E claro, uma dúzia de mulungos (brancos) no meio daquela mancha negra, não deu para passar despercebidos e fomos abordados diversas vezes por vendedores de rua e pessoas “já para lá de Bagdad”, que certamente acordaram no domingo de manhã estatelados no passeio das ruas.
Enfim, como não deu para entrarmos na festa, fomos jantar à feira popular na baixa, e juntámo-nos ao João e à Rosa num concerto de Jazz que houve nos Caminhos de Ferro Moçambicanos. O janta foi n’O Coquinho, e comi o 1º caril de carangueijo desde que cheguei a Maputo. É claro que todos ficaram à espera que eu acabasse de comer porque tive a limpar o caranguejo todinho antes de devorar aquela chicha toda, estava divinal! Depois nos CFM encontrámos o maior aglomerado populacional de brancos que já tínhamos visto desde que chegámos. Pagava-se 4€ só para entrar, e portanto estava reservado para as classes + abastadas. Portugueses, brasileiros, espanhóis, alemães e americanos dominavam o espaço montado na plataforma dos comboios (sim, aquilo não tem mesmo lá um bar, o que eles fazem é transformar a plataforma dos comboios que é muito larga e criam um ambiente ao estilo Chill-Out, onde as pessoas conversam e ouvem um Jazz que nesta noite era orientado pelo Norte-Americano Mike Del Ferro). O problema é que estava um bocado de vento, então a noite acabou cedo, pelo menos para mim, já que alguns ainda foram sair.
Ontem o dia foi de limpezas, já que os dois hóspedes que ainda estavam na casa saíram. Assim, os quartos foram reorganizados (agora estou num quarto no 2º andar com o António), as casas de banho limpas e as mudanças feitas. Almoçámos no clube do professor e fomos a pé até ao Bar Surf, no jardim dos namorados. É um jardim com uma óptima vista para o mar, cheia de bares e cafés e com baloiços, escorregas e afins para as criancinhas brincarem. O Surf propriamente dito é um bar que serve um pouco de tudo, mas a especialidade são os batidos que eles fazem a partir dos gelados que vendem (eram 40 sabores diferentes que podíamos escolher, entre eles manga, melão, chocolate, baunilha, nata, frutos do bosque, lichi, melancia, côco, papaia, goiaba, stracciatella, manteiga de amendoim, nozes, arroz doce, …). Com um programa destes, não deu para ir à missa mais uma vez =(.
Voltámos para casa de chapa e fomos convidados pelo André Nogueira para jantar com ele. É um senhor na casa dos 35 anos que vive em Maputo à alguns anos e que foi aluno da Nova Economia, que tomou conhecimento do nosso projecto pelos contactos que mantém com uma professora da Faculdade de Economia. Após largos minutos de conversa sobre o projecto, a universidade e os voluntários, ele prometeu tentar-nos ajudar nos fins-de-semana com viaturas, principalmente nas viagens ao Bilene e Kruger, por serem mais longe. Fomos jantar ao Jacarandá, um restaurante Moçambicano mas com uma dona portuguesa. Entradas: Chamuças e rissóis de camarão, e amêijoas à bolhão-pato, depois o prato principal era ao critério de cada um, sendo que o strogonoff de camarão estava delicioso (pai, depois dou-te a receita!). Para terminar, sobremesas de Moçambique (que eu dispensei). Tudo isto soube ainda melhor quando o André Nogueira nos pagou o jantar, porque os preços eram realmente inflacionados.
Hoje o pessoal foi para a Cruz Vermelha, eu adormeci na minha cama nova e fiquei de fazer as compras para a semana. Fui ver a loja das capulanas “Casa do Elefante” na 25 de Setembro, depois quando tiver tempo vou lá comprar uns “recuerdos”.
Ainda não temos Internet fixa, e a móvel está escassa, o vizinho agora está com uns horários meio malucos, por isso não temos apanhado Internet de dia, só à noite. Também não sabemos como ficou o acordo com a Visabeira, estamos à espera do feedback deles quanto à lista de alimentos que lhes enviámos. O João Perloiro deve estar quase a chegar, digam-me qualquer coisa para saber quando chega e se precisa de algo. Nas nossas saídas à noite voltamos para casa de táxi, então já temos uns quantos taxistas particulares: o Milagre, o Cremildo, o David e o Ernesto. Se for preciso, é só falar com um deles e vai buscar o João ao aeroporto.
Beijinhos e abraços a todos, hoje especialmente para a Tutty!
GUI =)